quinta-feira, 20 de maio de 2010


Feria de Sevilla

Eu na Feria de Sevilha (evento promovido pela Sala Tablado Flamenco com apoio cultural de Fernanda Monteiro Atelier)
Quais os novos desafios para a educação neste contexto atual de realidade social. Como os educadores devem romper com as resistências ao novo?

Muitos são os desafios para a educação no contexto atual, a começar das políticas governamentais que impedem a repetência com o intuito de evitar a evasão escolar. Isso faz com que os professores se deparem com classes cada vez mais heterogêneas, onde há desinteresse, problemas de aprendizagem, analfabetismo funcional entre outros ao lado de alunos potencialmente interessados em garantir um futuro melhor.
É difícil falar em remodelação do sistema educacional quando estamos diante de uma realidade assim, onde muitos mal conseguem escrever o próprio nome ou entender aquilo que lêem. Isso sem falar na deficiência de recursos das escolas públicas, principalmente daquelas que estão distantes de um grande centro, onde giz, lousa e cadernos são artigos de luxo.
Mas, a despeito disso tudo e de diversos outros fatores que agora não vêm ao caso, como o constrangimento diariamente sofrido por professores diante de alunos que mais parecem marginais, é preciso mudar. E o primeiro grande desafio do educador talvez seja o de realmente se importar com tudo isso e querer fazer diferença diante da aridez do sistema educacional. É fundamental que os alunos se sintam acolhidos e respeitados em sua individualidade e percebam que alguém se importa com seu futuro.
Conquistado esse primeiro aspecto, podemos começar falar em qualidade de ensino e sua conseqüente adaptação aos novos meios tecnológicos postos à disposição de alunos e professores. Cumpre aqui salientar que tais meios não têm o poder mágico de salvar uma aula ruim, sem preparo antecipado. De modo que o professor, amparado por tais aparatos, deve continuar sempre um grande estudioso e pesquisador. E como a informatização nos auxilia neste ponto, permitindo amplas pesquisas sem que precisemos sair de casa.
Os recursos áudio visuais são excelentes ferramentas para o aprendizado, pois envolvem mais sentidos, ampliando a percepção do aluno em relação à matéria apresentada. Quanto mais envolvente for a aula, maior serão o aproveitamento e a vontade de continuar o estudo em casa, na própria escola ou num cyber-café, por exemplo.
O mundo se digitalizou, nós não conseguimos nos imaginar sem celular ou internet ou TV a cabo e esses avanços devem entrar na sala de aula, pois fazem parte da realidade atual. A escola deve estar antenada nos acontecimentos e permitir o acesso a essa tecnologia, a fim de socializar essas possibilidades, afinal muitos dos alunos somente terão condições de vivenciar essa nova etapa dentro das escolas, uma vez que a falta de condições financeiras impede a chegada até mesmo da eletricidade a alguns lares.
É preciso, no entanto, controlar a empolgação e introduzir esse fenômeno digital com parcimônia nas escolas. Primeiramente, porque, como já discutido, não constitui uma realidade para muitos brasileiros; segundo, porque não pode ser visto como a tábua de salvação para o professor que não se atualiza e, por fim, porque se corre o risco de se perder o foco daquilo que realmente importa na construção dos cidadãos.
Não podemos radicalizar e jogar ao vento tudo que já foi estudado e constatado como eficiente na educação escolar para não incorrermos em modismos. Os novos meios devem vir para agregar e não substituir os antigos conceitos, os quais acreditamos serem a base da boa educação. Nada evolui ou se cria do dia para a noite, sendo tudo resultado de um processo amplamente testado e demonstrado ao logo do tempo. Aproveitemos, então, o que há de bom na tecnologia e sejamos sábios para excluir seus efeitos funestos.
É indispensável também que lutemos contra a resistência ao novo travada pelos professores mais tradicionais e até mesmo pelos pais de alguns alunos, demonstrando o quanto os avanços tecnológicos podem ajudar no estudo e na vida. É preciso que todos sejam convencidos de que a tecnologia é um forte instrumento de comunicação e consequentemente de aprendizagem. A informação a respeito de como utilizar esses meios a favor do aluno e da escola, o preparo dos profissionais para operar esses equipamentos que não podem ficar trancados sem uso em armários por medo que se quebrem é fundamental e constitui o primeiro passo para quebrar a barreira do novo e para que todos fiquem à vontade diante dessa nova proposta educacional.

Fernanda Maria Lozano Monteiro Sanches
O uso da internet como ferramenta na Sociedade do Conhecimento


Antes de analisarmos o emprego da Internet como ferramenta para a construção do conhecimento, faremos uma breve análise sobre a diferença existente entre os termos informação e conhecimento.

Embora tais termos se correlacionem, informação e conhecimento não são sinônimos. A informação constitui um meio para aprofundar conhecimentos antigos ou construir novos entendimentos sobre a realidade que nos cerca. Assim, o conhecimento é o significado atribuído à informação depois de processada interpretada e compreendida.

Pode-se considerar que a informação é uma ferramenta do conhecimento, desde que provida de conteúdo, valor, coerência e consistência. Sem a organização das informações e sua valoração pelo indivíduo ao lado de suas experiências pessoais não há conhecimento.

A Sociedade do Conhecimento requer indivíduos criativos, capazes de criticar de maneira construtiva, trabalhar em grupo, reconhecer seus potenciais, que tenham uma visão global sobre os diferentes problemas que afetam a sociedade a qual pertencem e que sejam dotados de conhecimentos específicos que os habilitem a transformá-la.

Portanto, é função da escola formar esse indivíduo, que não mais carece de uma educação onde as instruções são simplesmente transmitidas pelo professor e copiadas pelo aluno, mas de uma formação mais global, onde se leva em conta a compreensão e manipulação da informação pelo aluno que soma ao processo educacional sua experiência individual, construindo seu próprio saber.

A Internet entra aqui como facilitadora para a aquisição de informações, fornecendo aos alunos recursos para a formação de seu conhecimento, uma vez que, conforme já dito anteriormente, sem informação não há como gerar conhecimento e sem conhecimento não há Sociedade do Conhecimento.

A Internet é um importantíssimo meio de disseminação de informações e sem dúvida constitui um eficaz veículo de informação a serviço do conhecimento, desde que este seja o propósito de quem utiliza a rede. Cabe aos professores conduzirem os alunos ao uso da internet de maneira construtiva, dissociada do conteúdo recreativo que lhe é inerente, propondo a pesquisa de sites seguros e fidedignos.

Diversos autores têm chamado à atenção para a importância da Internet na educação. Dentre eles, Gokhale que considera que a aprendizagem colaborativa dá aos alunos a oportunidade de entrar em discussão com os outros, tomar a responsabilidade pela própria aprendizagem, e assim torná-los capazes de pensamento crítico.

É importante ressaltar, no entanto, que o uso das novas tecnologias, entre elas a Internet, não é ainda uma realidade para a maior parte da população brasileira, que enfrenta grandes dificuldades de distribuição de renda e conseqüente acesso aos meios de comunicação. A escola, portanto, pode ser o único portão de acesso ao uso da Internet para muitos, daí a necessidade do investimento em laboratórios de informática nas escolas públicas e o gerenciamento dos mesmos pelos educadores para que o uso seja direcionado ao aprimoramento da educação.

Sabemos também que o analfabetismo infelizmente constitui uma realidade em nosso país nas suas mais diversas modalidades e que o digital será apenas mais um problema diante de tantos outros contra os quais os educadores terão que lutar.

Fonte: www.centrorefeducacional.com.br
www.unirede.br - Algumas Considerações Sobre a Utilização da Internet no Processo de Transformação da Informação em Saber na Sociedade do Conhecimento

Elaborado por: Fernanda Maria Lozano Monteiro Sanches
Licenciatura em Artes

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Análise dos aspectos positivos e negativos da Educação a Distância
Educação a distância é uma modalidade de ensino e aprendizagem, onde professor e aluno estão espacial ou temporalmente separados. Apesar de não estarem juntos, os sujeitos do processo educacional estão interligados por redes sociais, como a internet, ou por outros meios difusores de informações como rádio, TV, telefone e correios.

Difere da educação presencial, mais convencional, onde professores e alunos estão ligados ao mesmo espaço físico: a sala de aula e da educação semi-presencial, que mescla momentos de interação num mesmo espaço e momentos a distância, através do uso das tecnologias assinaladas.

A educação à distância é uma modalidade de ensino que pela flexibilidade de horários, individualização e personalização do ensino, atende perfeitamente aos interesses da sociedade capitalista atual, permitindo treinamentos rápidos que atendem simultaneamente grande número de pessoas. Isso sem falar na economia de custo, tempo e espaço.

É, porém, mais indicada ao público adulto por exigir uma boa dose de independência e responsabilidade. As crianças ainda precisam do contato físico e de maior interação a fim de que se atendam suas necessidades de socialização.

Cabe aqui uma reflexão, apontada pela Prof. Lucyelli Cristina Pasqualotto em seu artigo sobre “A educação frente aos imperativos das novas tecnologias”, sobre a linearidade da lógica formal, embutida na linguagem instrumental da máquina, que pode contribuir para uma alienação dos problemas da sociedade, além de provocar a perda da relação pessoal, impossibilitada pela máquina.

Esta modalidade de educação, ressalte-se, vem crescendo substancialmente e, cada vez mais vivenciamos a combinação do real e do virtual nas práticas educativas, da mesma forma que podemos observar a evolução das mídias unidirecionais como o jornal, o rádio e a TV para mídias mais interativas, que estão transformando a comunicação off line para on line.

No entanto, não podemos nos deixar envolver pela eloqüência do discurso e esquecer que esta modalidade de educação é pouco real em um país de terceiro mundo como o Brasil, onde o acesso às novas tecnologias ainda é privilégio de poucos. Isso sem falar no analfabetismo digital, que figura ao lado de outros tipos de analfabetismo que bem conhecemos, como, por exemplo, o funcional.

Nesta linha de raciocínio observa Pasqualotto a desigualdade social inerente ao sistema capitalista e questiona se esse tipo de educação não seria uma nova forma de segregação, pois “Em uma sociedade capitalista, onde os meios de produção, inclusive o conhecimento, são propriedade privada, quando muito, pode se oferecer uma educação diferencial e excludente.”

Anota ainda que, quando o Banco Mundial reconhece que a proposta de educação a distância é dispendiosa no início, por requerer infra-estrutura adequada de equipamentos altamente sofisticados, e coloca como solução a parceria com o setor privado, e/ou com os próprios alunos, o objetivo fica evidenciado: reduzir custos ao setor público, sob a lógica do ajuste estrutural. Sob essa ótica, a educação a distância torna-se um atrativo aos governos que procuram reduzir os déficits fiscais através de reduções da despesa, inclusive em educação, uma vez que a relação investimento/estudante é significativamente reduzida.

Ademais, não se pode descartar o oportunismo de muitas instituições que oferecerão cursos de baixo custo ao lado da baixa qualidade, colocando no mercado de trabalho profissionais pouco habilitados para suas funções.

Note-se que o uso das novas tecnologias, se mal empregado, pode conduzir a uma padronização da educação e desqualificar o professor, reduzindo-o a um mero vigilante de máquina frente ao processo educacional.

Outra questão importantíssima a respeito dessas novas tecnologias, largamente usadas neste tipo de curso, é o problema da simulação: não se pode garantir que quem desempenha as tarefas é o aluno e nem quem supervisiona e corrige as mesmas é um professor. Há uma enorme margem para a ação de estelionatários de ambos os lados.

De tudo isso, podemos concluir que o emprego das novas tecnologias, entre elas a educação a distância, embora seja mais que uma tendência, uma realidade crescente no seio de nossa sociedade, deve ser visto e acolhido de maneira cautelosa, sem radicalismos que sugerem a substituição total do sistema tradicional.

O que não se pode perder de vista para que não se incorra em modismos é que cabe ao professor a formação de alunos pensantes que sejam capazes de conduzir nossa sociedade a uma verdadeira evolução. A capacitação para o mercado de trabalho é somente uma das várias missões do sistema educacional, uma vez que qualificar é muito menos que educar.


Fontes pesquisadas:
O que é educação a distância.
Moran, José Manuel
Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância
In www. eca.usp.br

A educação frente ao imperativo das novas tecnologias.
Pasqualotto, Lucyelle Cristina
Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá-UEM. Membro Grupo de Pesquisa em História, Sociedade e Educação no Brasil/GT Oeste do Paraná - HISTEDOPR. Docente do Curso de Pedagogia, Unioeste – Campus de Francisco Beltrão – Pr
In www.histebr.fae.unicamp.br

Avaliação de aprendizagem em educação online.
Vosgerau, Dilmeire Sant'Anna Ramos
Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)
In www.scielo.com.br


Elaborado por: Fernanda Maria Lozano Monteiro Sanches

terça-feira, 4 de maio de 2010

Meu trabalho


Conheçam meu trabalho através do site www.fernandonteiroarte.com. Lá está um resumo do que é o meu atelier/galeria e traz várias imagens dos meus trabalhos sejam eles tridimensionais, bidimensionais, fotografias e vídeo.

Reportagem do Jornal Cruzeiro do Sul de 05/04/10

segunda-feira, 3 de maio de 2010